terça-feira, 28 de agosto de 2012

Idade Antiga: Grécia

Já abordamos a Idade Antiga em outras duas ocasiões e sabemos que ela foi dividida em quatro períodos: Mesopotâmia, Egito Antigo, Grécia Antiga e Roma Antiga.
Dentre os quatro períodos da Idade Antiga, pode-se dizer que a Grécia foi o mais influente em diversos aspectos, entre eles, a arte e a filosofia.
É na Grécia Antiga que surgem os "valores clássicos", a valorização do corpo e da beleza física e o apego ao conhecimente cintífico/racional que parte da filosofia.
Surge um debate onde o homem grego está constantemente dividido entre a filosofia e a política e o "pensamento mágico" da mitologia.
Assim como os egípcios, os gregos também eram politeístas (acreditavam em diversos deuses) e era às divindades do Monte Olimpo que os gregos recorriam quando não conseguiam responder suas perguntas através do pensamento racional. Foi a junção da filosofia (através de discussão e racionalização) e da crença em seres superiores, que fez surgir pela primeira vez o termo vaidade.
Por um lado, Platão, que acreditava no belo como sendo consequência da verdade, do bem e da perfeição. Ele existe, mas no mundo das ideias, como concepção subjetiva. Do outro, Aristóteles, que acreditava que a beleza existia através da proporção e da simetria. O belo existe, mas no mundo sensível, no mundo concreto, onde se pode medir curvas, músculos e membros.
É através destes dois conceitos, mas principalmente o de Aristóteles, que o vestuário e a arte grega se desenvolveram.
O homem passa a ser adepto da nudez, ou da utilização do traje como um adereço para se embelezar. Embora as roupas não sejam tão ajustadas quanto às egípcias, ela se moldava às curvas projetando o corpo. Na grande maioria das vezes, as vestes exibiam lonjas fendas que mostravam as pernas ou decotes que por vezes, deixavam até mesmo os seios à mostra. Na arte, o homem é retrado fielmente ao modelo humano.
Com ou sem roupas, as figuras eram de beleza avassaladora e eram tão reais, que poderiam deixar o mármore e se juntar aos homens para alguma atividade corriqueira.
O artista grego trouxe um novo conceito à sua arte: o do realismo das formas. Não só o corpo recebe uma camada de embelezamento, como as feições demonstram os sentimentos do indivíduo. Dor, felicidade, glória... Tudo isso passa a ser retratado nas esculturas de forma que o realismo das obras imortaliza o conceito de Platão e Aristóteles. O grego foi tão bem sucedido neste sentido, que mesmo civilizações posteriores continuaram assimilando suas crenças, seus hábitos, sua arte, sua vestimenta e o seu pensamento filosófico.

No próximo post, continuaremos a discutir a arte e a indumentária da Grécia Antiga diferenciando-os pelos subperíodos.

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