No post anterior onde falamos sobre a Grécia, descobrimos que a filosofia se tornou um conceito muito importante do período, influenciando diretamente a arte e o vestuário do homem grego.
Até então, vinhamos tratando a Grécia Antiga como um todo, mas na verdade, a Grécia foi dividida em três períodos que separavam e aportavam a evolução grega principalmente quanto à sua arte. Os três períodos são:
- Arcaico
- Clássico
- Helenístico
O período Arcaico é anterior à discussão sobre estética (estética sendo o conceito de Aristóteles: proporção e simetria) e por isso sua arte carece de representação realística.
A arte deste perído lembra muito a arte egípcia, onde o homem era retratado de forma muito mais livre e sem preocupação simétrica.
Grécia Antiga: período Arcaico |
Após o período Arcaico, a Grécia chega ao período Clássico. Neste período surge o conceito de estética e isto se reflete na arte através da harmonia dos traços. As formas humanas são retratadas com maior fidelidade e são "embelezadas" pelo artista, tornando o homem retratado perfeito em curvas e músculos.
Grécia Antiga: período Clássico |
O último dos períodos em que a Grécia Antiga foi dividida é o Helenístico. Este período apresenta poucas mudanças em comparação ao período anterior, a arte ainda é realística, mas com uma diferença: a expressão. Isto porque nesta fase da Grécia Antiga, o artista se preocupou em retratar a emoção do indíviduo à cena. Neste período, é comum encontrarmos esculturas que retratem uma cena completa onde a feição do homem é o ápice da representação.
Grécia Antiga: período Helenístico |
Quanto ao vestuário na Grécia Antiga, sabemos que era utilizado mais para valorizar a forma humana do que para cobri-la. De fato, o homem grego era tão vaidoso, que mais comumente andava nu do que coberto. Mas ao cobrir-se o indivíduo da Grécia Antiga buscava ressaltar a beleza do corpo.
Acredita-se que o primeiro corpete data deste época e era utilizado para acinturar as túnicas femininas. Da mesma forma que o shape das roupas era em formato de "A", ou sino, valorizando cintura e quadril.
Já a roupa masculina, era basicamente uma faixa de tecido na altura do quadril.
Neste período não se utilizava costura e nem se buscava ajustar a peça ao corpo. A veste era basicamente um triângulo de tecico que era colocado sobre o corpo e preso por nós, amarrações ou broches. Esta forma de vestir e a técnica de amarração produzia um leve drapeado que é muito presente no vestuário desta época.
O vestuário masculino e feminino começa a ser diferenciado de forma mais concreta.
Para o homem da época, a peça principal era uma espécie de capa chamada de clâmide, que partia do pescoço e cobria as costas e era presa na altura dos ombros por um broche.
Para as mulheres duas peças faziam parte do guardarroupa: o peplo, uma túnica mais longa que cobria o corpo até os pés e era usualmente usada por mulheres mais velhas pois revelava menos o corpo. E o quiton (chiton), uma túnica bem mais curta usada geralmente pelas mulheres mais jovens por revelar muito mais as formas.
Portanto, independente de estar vestido ou não, o homem grego ficou conhecido pela vaidade e pela adoração ao corpo e ao belo e ao vestir-se, vestia-se de forma a se valorizar e não se esconder sob camadas de roupas.
No próximo post, a Grécia Antiga sob o ponto de vista do estudante de moda.
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