Nos últimos posts começamos a falar sobre Idade Moderna, período que sucedeu a Idade Média, e ao entrarmos neste assunto, descobrimos que a Idade Moderna pode ser dividida em outros três períodos: Renascimento, Barroco e Rococó.
O Renascimento foi o primeiro e nós já conversamos sobre ele, agora, entraremos no segundo período Moderno, o Barroco.
O período Barroco começou no final do século XVI, teve seu auge no século XVII e durou até o início do século XVIII. Neste período, a maior influência comportamental e de vestimenta foi a realeza. É neste período que surgem as Monarquias Absolutistas, que vem se desenvolvendo a partir do Renascimento, mas tomam grande força no Barroco. Surge uma ideia de reis escolhidos por Deus e que possuem direito divino ao Trono. Neste aspecto, surge um dos maiores ícones da moda, a Rainha Elizabeth da Inglaterra. A filha do Rei Henrique VIII usava seu guardarroupa como um arsenal político pois era considerada a filha bastarda do Rei e muitos se opunham ao seu coroamento. Além de ser a filha de Ana Bolena (amante do Rei), Elizabeth também era Protestante, fato que deixava os ingleses católicos fervorosos, muito contrariados. Para adquirir o respeito do povo, não restou outra opção à Elizabeth que não fosse adotar uma postura rígida em todos os aspectos de sua vida.
Rainha Elizabeth da Inglaterra |
Além da Monarquia, a Reforma protestante e a Contra-reforma influenciaram e muito, o modo como o indivíduo se vestia. Para entendermos a importância da religião no vestuário da Rainha e dos seus súditos, devemos tratar brevemente destes dois pontos, para que nos façamos entender.
Reforma Protestante: é a reforma Luterana originada por Lutero. Esta Reforma tem como princípio questionar as práticas da Igreja católica, como a venda de "indulgências".
Lutero criticava a postura da Igreja de cobrar dos cristãos uma taxa pela absolvição de seus pecados e por um "lugar ao céu". Começa em Lutero a tradução da bíblia para que todos possam compreendê-la e interpretá-la à sua forma e a prática da confissão sem a influência do padre. Ou seja, as pessoas estariam abertas a entender as leis bíblicas por seu próprio meio e poderiam se remediar perante Deus através do arrependimento e não mais do pagamento em dinheiro.
Contra-reforma: é a reação do catolicismo ao avanço do protestantismo. Está relacionada a outros dois aspectos: à caça aos ereges (protestantes) e à arte e arquitetura.
Na arte contra-reformista, surgem as representações de cenas bíblicas através da dramaticidade, do contraste entre claro e escuro e na arquitetura, as Igrejas têm seu interior rebuscado em madeira e muito dourado, atraindo os fiéis para a riqueza dos seus santuários.
Interior da Basílica de São Pedro |
Contraste entre claro e escuro |
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