terça-feira, 2 de outubro de 2012

Idade Média: Gótico

Estudando a Idade Média, descobrimos que ela foi dividida em dois períodos: Alta Idade Média e Baixa Idade Média e estudando mais a fundo, percebemos que a divisão se dá principalmente baseada na religiosidade e na influência do clero sobre este período.
A Alta Idade Média, considerada o auge, teve como aspecto mor a intervenção da Igreja na vida do indivíduo. Já a Baixa Idade Média (XIII-XV) teve como principal característica a decadência do pensamento medieval.
Assim como na Alta Idade Média, a Baixa Idade Média ou Período Gótico também sofre influência da Igreja, mas por uma série de fatores, este poder enfraquece a partir deste período, tornando-o muito mais "ameno" em diversos aspectos se comparado com o período anterior.
Caracterizam o enfraquecimento da Igreja: o surgimento de outras formas de culto (como a cultura muçulmana) e a Reforma Protestante que originou uma série de críticas ligadas ao catolicismo e o início das Cruzadas.
Na arquitetura, as mudanças de período também puderam ser vistas. As construções passaram a ser mais altas e com mais aberturas. Na igrejas, o pensamento predominante era voltar a atrair os fieis, mas desta vez não pelo medo ou pelo sentimento de inferioridade, mas pela beleza dos vitrais e pela Grandeza de Deus. As igrejas se tornaram menos sufocantes e possuiam torres enormes que cruzavam os céus. A ideia era de que quanto mais alta a torre e mais cônica, mas próximo de Deus se estaria.
Para que esse novo conceito arquitetônico existisse, surgiram os Arcos Botantes, uma técnica em que arcos eram construídos do lado de fora das construções para sustentar a estrutura.
Construção gótica
Na arte, assim como no vestuário, havia uma certa repressão à vaidade e à forma do corpo. Ao ser retratado, o homem possui formas alongadas e não-definidas, que lembram a arte egípcia e arcaica e são baseadas na cultura atual de negação do corpo incutida desde o período Românico.
No vestuário, a decadência do poder religioso se apresentou sob a forma de peças mais coloridas com o azul e o vermelho como tons predominantes. Os tons se tornam mais claros e mais vibrantes. Chapéus cônicos passam a ser usados como uma forma de o homem se aproximar de Deus (usa-se a mesma ideia das torres elevadas nas igrejas: quanto mais alto, mais próximo de Deus se estaria).
Os calçados da época não podem ser diferenciado por sexo e as mangas das vestes eram longas e possuiam uma ponta que ultrapassava o comprimento da roupa.
O corpo passa a ser mais demarcado pela roupa ao invés de ser escondido.
As roupas femininas passaram a ter leves decotes e algumas aberturas nas costas. A cintura é demarcada logo abaixo dos seios valorizando as curvas. No vestuário feminino também se usava mangas sobrepostas com a de baixo sendo mais seca.
Era comum na moda feminina do período raspar a testa por motivos estéticos e usar chifres feitos com o próprio cabelo. Acredita-se que o chifre deve-se à figura mitológica do unicórnio, e representa a inocência.
No vestuário masculino, é adotada uma peça ajustada ao corpo (muito semelhante à peça usada no período Românico e que ia por baixo de todo o restante da roupa) que deixa evidente a forma das pernas. Por cima desta peça ajustada, uma túnica de comprimento curto.
O material utilizado no vestuário era usualmente pesado, principalmente veludo. Pele só era usada por pessoas de posses.


No próximo post, o Gótico sob o ponto de vista do estudante de moda.

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