terça-feira, 14 de agosto de 2012

Idade Antiga: Egito

A Idade Antiga, é o período logo após a Pré-História que durou de mais ou menos 3500 a.C. até 476 d.C. e é carecterizado pelo surgimento da escrita, o primeiro registro de lei e pelo desenvolvimento de crenças e do sistema político.
A Idade Antiga pode ser dividida em quatro períodos:
  • Mesopotâmia;
  • Egito Antigo;
  • Grécia Antiga;
  • Roma Antiga.
A primeira lei de que se tem noticia - o Código Hamurami - surgiu na Mesopotâmia e foi registrado através da escrita cuneiforme, que se tratava basicamente de um código gerado por grupos de marcações feitas por unhas em argila úmida. No entanto, a escrita mais significativa deste período, foi a escrita hieroglifa, desenvolvida pelos egípcios e que buscava registrar os acontecimentos por meio de símbolos e outros caracteres.
É no Egito Antigo, por tanto, que os fatos começam a ser contextualizados e por este motivo, é a partir deste ponto que o estudo da história deixa de ser expeculativo e se torna concreto.
Agora não mais seguindo a lógica dos fatos, mas o seu registro secular, sabemos como o homem se comportava, se vestia e como convivia no seu meio. É neste período que o traje ganha um maior significado. Embora o homem ainda se atenha mais aos acessórios, a roupa passa a ser utilizada com maior frequência principalemente entre as classes mais altas, por um motivo muito menos básico do que a do sobrevivência, e muito mais frívolo, como determinar o status do indivíduo.
Surge pela primeira vez o conceito da separação das classes, onde somente determinado grupo de indivíduos pode se vestir com determinado tipo de roupa ou material criando uma separação visível entre faraós, sacerdotes e servos. É também neste período, que a crença se torna parte dos hábitos humanos, surgem divindades e portanto o politeismo (crença em diversos deuses, por vezes metade homem metade animal), surgem os amuletos e a crença da vida após a morte, e tudo isso passa a influenciar diretamente na vestimenta do homem.
O vestuário deste período:
Caracteriza-se pela utilização do algodão e principalmente do linho e é muito mais sofisticada em comparação às roupas do homem pré-histórico. Duas peças passam a fazer parte do guardarroupa o que sugere que a tecelagem se tornara desenvolvida ao ponto de se identificar as peças: o chanti (utilizado por homens, é uma espécie de tanga com uma amarração frontal que formava um leve plissado e que podia ser mais rústico dependendo da classe do homem que utilizáva-a) e o kalasisris (utilizado principalmente pelas mulheres, é uma espécia de túnica que muitas vezes chegava a ser transparente). Outra peça que entrou no vestuário egípcio, o klaft, é um tecido usado sobre a cabeça que cobria os ombros e fazia parte do guardarroupa masculino. Os egípcios também desenvolveram técnicas de tingimento e por isto neste período surgem peças coloridas e até mesmo com certas padronagens, como listras.
Neste período, também foi comum a utilização de simbologias, principalmente na joalheria, como o olho de Sette (que significa lealdade e justiça), os bastões do faraó (símbolo da agricultura), serpentes (proteção), escaravelhos (símbolo religioso para uma boa passagem para a segunda vida) entre outros.
Neste período, o homem não utilizava peles animais, pois acreditava-se que a pele era "impura". No entanto, existem imagens que mostram o egípcio utilizando-se deste material. O que sugere, que talvez apenas algumas classes pudessem utilizar este material.
Acredita-se que o primeiro par de sandálias também tenha se originado no Egito Antigo. Ele era feito de ouro e possivelmente era utilizado somente pelo faraó. Já que era visivelmente desconfortável e não necessariamente se fazia indispensável.

O primeiro par de sandálias parecia desconfortável


No próximo post, o Egito Antigo sob o ponto de vista do estudante de moda.

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